Sunday, December 17, 2006


Hòmecht Dullöch aparenta ter pouco mais de 70, mas na verdade tem 394 anos, ele é o maior poeta de todos os tempos, possui uma imensa riqueza que faz dele um dos homens mais afortunados do planeta Terra: ele tem a atenção dos deuses. Tudo o que ele diz, escreve e canta é ouvido com zelo pelos seres celestiais que, ainda devendo, retribuíram com a garantia de amor, saúde, prosperidade e vida eterna para ele e para todos que dele se aproximam. As músicas mais bonitas compostas pelo máximo do talento humano têm como musas as mulheres esculpidas pela inspiração que os deuses tiram das estrofes de Hòmecht. Um dia ele irá escrever sobre o crepúsculo, e neste dia a noite virá mais cedo. Um dia ele irá escrever sobre o alvorecer, e neste dia a manhã virá mais cedo. Um dia ele irá escrever sobre os sonhos, e todas as pessoas dormirão. Quamdo ele escrever sobre o amor, neste dia as pessoas acordarão.

Wednesday, December 13, 2006

Sunday, December 10, 2006


André Leal and the Black Pens. Compre já o seu !

Saturday, December 09, 2006


No momento mais justo, os medrosos se afastarão sorrateiramente, e restará, no silêncio, o regozijo dos campeões e o sono dos inocentes.

Friday, December 08, 2006

mudança de expressões / expressions change

Exercitando mudança de expressões faciais. O boneco em si é meio troncho.
Teste a lápis inacabado - diálogo / unfinished pencil test

Teste de animação a lápis, inacabado. André, coloquei um comentário sobre o seu texto que fala dos brasileiros que colocam sites todo em inglês.

Isso é uma coisa que sempre achei nada a ver.

Tuesday, December 05, 2006


Este é Feliccio, que saiu de uma guerra com um novo amigo: seu "novo eu", pois lá, na guerra, ele descobriu que era um bravo, leal e corajoso guerreiro. Sentiu na pele o drama que é ajudar mais do que se pode e menos do que se precisa. Sentiu nos ossos 2 facadas e 3 tiros. Trouxe para casa mais cicatrizes do que saudades do seu "antigo eu". A estupidez daquela guerra lhe é bastante nítida, embora seja grato pela transformação ela provocou. Se pudesse, daria um tiro enxuto na cabeça das pessoas que falam de coisas que não entendem, mas ele sabe que a troca seria injusta, trocar uma bala pela vida dos outros não é decente. Mas faria a troca se a vida fosse a dos cínicos e empedernidos sarcásticos que acham que a bala é a mais valiosa.

Saturday, December 02, 2006

Foi Heringer, nosso amigo holandês, quem me mostrou este site sensacional onde você pode desenhar ao mesmo tempo com outras pessoas (que estejam longe, em seus computadores em outras cidades). Foi lá onde fiz este desenho:

E que pode ser assistido sendo feito aqui.

Monday, November 27, 2006

Fiz mais alguns desenhos naquele site que simula as tintas de Pollock:

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Saturday, November 25, 2006


Um dos primeiros que fiz, no endereço: http://www.jacksonpollock.org/. Dica: barra de espaço limpa a tela e clicar com o mouse muda a cor. Foi Naomi Kovacs quem deu a dica deste site interessante, numa das listas que participamos.

Juarez Marzanês é antropólogo, um dos grandes pesquisadores dos sons dos primatas e que vêm gravando os sons dos gorlilas há quase 40 anos. A penúltima vez em que esteve na civilização, foi para ver o nascimento de seu primeiro neto, há 3 décadas. Semana passada, voltou para a cidade mais uma vez para ver o nascimento do seu primeiro bisneto, que se chama Juarez por sua causa. Foi nesta visita que, andando numa loja de discos, ele descobriu a banda inglesa chamada Gorillaz e, muito sagaz, tratou de comprar uma camiseta do grupo. Usando a camiseta, foi ao escritório de uma marca de refrigente tentar conseguir um patrocínio decente para suas pesquisas. Disse que precisava de determinada importância para financiar a gravação dos sons dos gorilas, e a resposta foi imediata: "claro, pois não, vamos fazer isso sim, adoramos Gorillaz!". Pronto, com a grana garantida, Juarez voltou para a floresta, naquele mesmo dia, e foi procurar os gorilas para contar, usando a linguagem dos sinais, a ótima novidade.

Tuesday, November 21, 2006

O Mecanismo da cabeça das pessoas.



- Brasileiros que escrevem em inglês para brasileiros, no Brasil, em páginas brasileiras visitadas por brasileiros. Por que ?
- Ora essa, para que os autores se sintam mais coolzões, se sintam internacionais descolados super in.
- Pode ser, mas eu acho que não, alguns deles gostam do Brasil, assistem cinema nacional, fazem uma careta de comoção quando pegam as fotos de Sebastião Salgado e adoram Lenine, Mombojó e Legião Urbana. Isso é que é ser brasileiro, tô certo ? Pois é, mesmo sendo bem brasileiros, esse pessoal (não todos, claro) costuma escrever frases em inglês, no caderno da escola, na agenda, na internet, e para leitores brasileiros ! Sim, sim, o público deles não é internacional.Existe um motivo pelo qual todos eles escrevem frases de efeito em inglês, sabe qual é ?
- Qual é ?
- Eles querem que seus textos tragam algum tipo de verdade, algum tipo de conteúdo, e a maneira de dar esta impressão é escrevendo em inglês. Mas não se trata de preconceito contra o português, eles não acham, necessariamente, que o inglês seja mais completo que o português, ou que escrevendo em inglês os seus leitores vão pensar "nossa, ele sabe falar inglês, é um cara de conteúdo", não não, o disfarce de conteúdo usa um mecanismo mental para o qual eu ainda vou inventar um nome bem cabeçudo, que é o ambiente neurológico ideal (das idéias) para a movimentação da trava que libera ou não a passagem do entendimento.
- Cuma ?
- Explico: eu não estou falando do hardware das idéias, estou falando do software. Vamos cercar mais certeiramente o ponto da minha explanação.
- Pô, falando difícil hein, sabidão...
- Hehehe ! Vamos lá, o que diferencia uma frase de uma idéia ? Qualquer amontoado de letras pode formar uma frase, já uma idéia tem, necessariamente, uma sacação. Primeiro existe a frase, depois a idéia. Quando alguém lê uma frase que é apenas uma frase, nada acontece. Mas se esta frase for uma idéia, quando ela for lida, alguma coisa se movimenta na cabeça do leitor, um mecanismo mental é acionado, uma interpetação que precede a construção e a percepção da idéia. Este movimento mental provoca a sensação prazeirosa do entendimento, da sacada, da descoberta. E quando alguém escreve em inglês...
- Pois, até agora eu não vi ligação com o negócio lá das frases em inglês from brazilians to brazilians.
- Aí é que está a coisa, quando alguém escreve qualquer merda em inglês, conta com a tradução que o leitor vai fazer da sua frase vazia. E esta tradução também provoca um movimento mental que dá a sensação de descoberta, de entendimento, então a pessoa lê a coisa mais cretina do Mundo, em inglês, e entende, ela tem a sensação de que a coisa mais cretina do Mundo é alguma idéia que lhe trouxe alguma descoberta. Só poucausa da transformação do inglês para o português, as pessoas acham que a mudança foi de "frase" para "idéia", porcausa do mecanismo mental fazendo click-click-click.
- É verdade, tem razão. Mas você tem que concordar que o inglês é muito mais sonoro do que o português, às vezes o uso do inglês é só por uma questão estética.
- Também pode, é verdade.

Sunday, November 19, 2006

Em 1942, depois de usarmos toda nossa munição em gente de temperamento sórdido, eu e Wolly seguimos por 1 milha floresta a dentro, quando, anunciado por um ruído gutural, aparece um crocodilo de água salgada bem a nossa frente.

Parceiro de miliano, Wolly me pergunta se eu tinha visto um crocodilo maior. De fato, já, porque com apenas 10 metros aquela besta era o segundo maior crocodilo que eu já tinha visto, mas nós não hesitamos mais do que isso, rapidamente eliminamos o gigante hostil na faca.

Na década de 60, tocamos com Leonard Cohen, muitas vezes no saguão do hotel Chealsea, onde as paredes são finas como papel, e era possível ver as silhouetas dos hóspedes nos quartos vizinhos com seus hábitos prosaicos.

Tempo bom aquele em que as pessoas reconheciam valores verdadeiros uns nos outros, e não apenas aqueles que eram permitidos por suas memórias minúsculas e desatenciosas. Todos estavam lá, naquela época.

Thursday, November 16, 2006

Para o Tive 1 Idéia dessa semana, cujo tema foi wasabi:

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Espaço para o tempo.
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Saturday, November 11, 2006

Chegou a Front número 17 ! Infelizmente eu não estou nesta edição, porque estive envolvido com um álbum do Leão Negro. Nesta Front temos participações sensacionais de grandes nomes do quadrinho nacional, compre já a sua !

Idealizado por Kipper e editado pela Via Lettera, a Front é um publicação que reúne quadrinhos, contos e ilustrações.

No seu currículo estão os prêmios HQ Mix 2001, 2002 e 2003 por Melhor Revista Mix e Melhor Projeto Editorial, além dos prêmios de Desenhista Nacional 2003 (Samuel Casal) e Desenhista Revelação 2001 (Samuel Casal), 2002 (André Kitagawa) e 2003 (Bueno).

A cada edição um novo tema é abordado por autores de correntes e até gerações distintas. Desta vez, os trabalhos giram em torno da Invisibilidade, mergulhando em um mundo que não pode ou simplesmente não quer ser visto. Um mundo de seres imaginários - amigáveis ou hostis -, de manifestações paranormais, de pessoas ignoradas e até daqueles que nunca chegaram a existir ou não se permitem viver. Pela visão única de cada artista, o invisível ganha forma e é exposto com humor, drama, sarcasmo e ironia

Os autores participam de um e-grupo por meio do qual mantêm constante contato, trocam idéias, roteiros, desenhos e montam parcerias. Artistas de todo Brasil, do Ceará ao Rio Grande de Sul, de Cuiabá ao Rio de Janeiro, além de gente de outros países, já participaram da antologia.

OS AUTORES

Alberto Pessoa, Alex Rodrigues, Alexandre Montandon, Aloísio Castro, Augusto Oliveira, Bira Dantas, Cahu, Camilo Saraiva, Carlos André Moreira, Daniel Esteves, Douglas Félix, Gilmar Fraga, Hugo Araújo, Igor Capelatto, Júlio Brilha, Mário César, Orlandeli, Paulo Barbosa, Raphael Salimena, Samuel Bono, Túlio Caetano, Xalberto, Wanderson de Souza

FICHA TÉCNICA

Preço: R$ 31,00
Páginas: 96
Edição: 1ª
Lançamento: 04 de novembro/2006
Formato: 17 x 26 cm
ISBN: 1677-8863

Thursday, November 09, 2006

Wolly Dog Clock (07 Set 1996 - 08 Nov 2006)

Beloved son, dog and friend.

Friday, November 03, 2006

- Peraí, cara, a moça não sabe respirar debaixo d´água...

- Mas ela sabe nadar.
- Ah é, hehehe, então tudo bem...

Mulher brasileira, ôôô, ahhhh, mulher brasileira, ôôôôô uuhhhhhh.

Sunday, October 15, 2006


Um cara escreve um livro: "Ensaios Sobre o Nada". Com 435 páginas. Plastificado, para o cara não querer ler um trecho muito grande e largar lá na livraria.
Quando o cara que se amarra em filosofia abre o plástico ansioso, ele fica puto com o que vê: o livro está todo em branco. 435 páginas em branco. Gastou R$ 215 reais no livro!
Manda um e-mail furioso para o autor, argumentando e xingando ao mesmo tempo etc. O autor responde num e-mail curto:
"Mas como então você acha que eu seria capaz de escrever sobre o nada?"

Tuesday, October 03, 2006

Folha quadrada de isopor fotografada bem de perto:

E, abaixo, a mesma foto com uns efeitos e tal:

Monday, September 25, 2006


Meus óculos, meu tesouro.
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Um dos meus poderes.
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Trocando o calibre do traço.
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Tecnologia digital:

Saturday, September 23, 2006


Só há o tudo, isso mesmo. Não há o nada. Este "nada" que é (está na) sua idéia, é só a sua idéia, é isso que é, não é o Nada absoluto, que nem chega a ser alguma coisa. O Nada nem chega a ser. Quando se conjuga o verbo "ser", (ser/estar - being/self/id) se está existindo. Por isso que é errado definir o Nada, você diz "o nada é...", tzzz, erro de sistema, o nada nem é.

Só o que existe é o tudo. Tudo existe.

Enigma foda: falando do nada, nós estamos falando de uma abstração, seja o vazio com uma consciência, ou um balão cheio de vento ou a cabeça de Bush. Não é o nada absoluto. Repare como a linguagem sempre nos lembra das barreiras do raciocínio: eu falei "...não é o nada absoluto", hehehe, taí o erro, o nada absoluto nem é. Quando alguma coisa é, não é o nada, seja o que for. Nós estamos falando de uma idéia que não pode ser, sequer tangenciar, o verdadeiro nada. Nossas idéias não podem ser o nada absoluto. Nossas idéias sempre são, porque existem, e o nada não é, ele não existe. Enigma foda que acaba numa frase prosaica: "o nada não existe", porque ele não é, hahaha, que triste, não ? Coitado dele, o nada nem chega a ser. O que é xdfsdff ? Peraí, se xdfsdff é, então ele é. Se xdfsdff é, então ele é alguma coisa diferente do nada. Outra frase prosaica que explica muito: "xdfsdff é". Taí uma grande verdade. O que é xdfsdff ? Aí são outros quinhentos, e podemos ter certeza absoluta, a certeza mais certa do Mundo, a certeza mais garantida de que se pode ter, lá no âmago do nosso cérebro, na insustentável leveza do ser, from the bottom of the heart, uma certeza que vai até o osso, a coisa mais roots que você pode falar, blablabla, a Grande Verdade verdadeira ontologicamente falando, certificada pelo prefeito, selada pelos reis, assegurada por Deus, enfim, já sentiu a pressão, né ? Pois é, a certeza mais certa de que xdfsdff é, no mínimo, xdfsdff, e está conjugando o verbo "ser". Ser - estar - existir. Athos, você já foi ao site que eu faço com Fefê ? Lá no guestbook tem uma pergunta assim: "o que são adnorks?". Quando alguém diz "fantasma não existe", comete um erro terrível. Quando alguém diz "Super-Homem não existe" também comete um erro terrível. Quando alguém diz que alguma coisa ou alguém não existe, comete um erro enorme !

Só o que existe é o tudo. Tudo existe, sim. Pois é, esta é a frase definitiva, simples e prosaica, seja por averiguação ou por detenção da linguagem:

Olhe a armadilha que você mesmo acionou quando disse: "o nada não pode ser imaginado, porque pra imaginar é necessário uma consciência (que já é alguma coisa).". Certo, isso pode estar correto, mas antes temos um outro negócio bem mais importante, leia o trecho: "(...) pra imaginar é necessário (...)". Pronto, pra imaginar o nada É necess - TRRZZZ - o verbo ser. Muito antes da dedução, seja correta ou não, a presença do verbo SER passa uma rasteira na tentativa de falar sobre o Nada Absoluto. "Então o nada é inimaginável" de novo, hehehe, o Nada é... hehehe, não. O Nada não é imaginável ou inimaginável, o nada não conjuga o verbo SER, ele não é, pronto, acabou a frase aí. A linguagem, os limites do raciocínio ! Raios e trovões, tambores, muita pressão, tenha medo !

Isso que você chama de "falha do programa mental" é uma batalha entre fé e razão. O representante do raciocínio fuça a definição do "Nada" e o representante da fé apenas torce para que ele compreenda a impossibilidade da resposta. Nossa lógica não tem uma falha, ela tem um limite. Rê rê. Aí vai mais uma frase simples e que tem grande significado neste texto: "a lógica pode falar de tudo, não do nada". Boba esta frase, hum ? Hehehe, mas é uma grande verdade.

"Já que o nada é um conceito auto-destrutivo" - TZZZZ, olhe o bug ! O verbo SER nos dando uma rasteira.

Será que a equação que dá a chave para ultrapassarmos nosos limites racionais é a fé ? Não me refiro a fé religiosa, que fique registrado.

Se algum filósofo estiver lendo isso e quiser me xingar, eu vou te quebrar, malandro. Mas se apenas discordar, e quiser participar da conversa, por favor, com educação e amor no coração, é só postar aí nos comentários.



Pois é, André. Essa questão do nada é bem estranha.
Mas tenho uma pergunta pra você então: Se o nada nem é... Se ele, não podendo existir para manter-se fiel a seu próprio conceito, de fato inexiste... No nosso universo conhecido então não existe algo que não seja tudo (já que o nada já não existe mais, segundo essas nossas deduções). Só há o tudo, então? Talvez, no máximo, além do tudo, só as partes. Só os diversos pedaços finitos. Porém, estes ainda assim fazem parte do tudo.
Temos que reconhecer, na verdade, que o nada e o tudo não podem existir ao mesmo tempo. Se há o nada, não é possível haver coisa alguma, nem uma mínima partícula, porque ela já seria o tudo (ela seria TUDO que havia nesse universo). Se há o tudo, não é possível haver o nada, porque a condição para haver o nada é não haver uma partícula sequer. É nem haver.:-)
Mas se o nada inexiste, o que é isso então que eu chamo de nada? Como pode haver essa idéia na minha cabeça, se essa idéia não existe (já que o nada inexiste)?
Realmente eu não consigo imaginar o nada, porque para imaginar o nada eu teria que imaginar um vazio de tudo, até da minha consciência (do meu ser). Aí já não dá mais, porque tudo que imagino é através da minha consciência.
Aí surge outro enigma foda: Como posso então formular um conceito (e falar sobre isso) de alguma coisa que nem consigo imaginar? Como posso falar com você sobre o nada se nem consigo imaginar o nada?
A única coisa que consigo imaginar é um universo vazio onde só há a minha consciência observando. Mesmo assim é foda. Porque: observando o quê? O vazio? O vazio já é alguma coisa, porque consigo formular uma idéia de unidade: um espaço vazio, mesmo que infinito. Já não é o nada.
Mas voltando, então... Será que quando falamos do nada estamos falando de um vazio com uma consciência observando?
Se o nada inexiste, do que estamos falando?
É como falar de xdfsdff. O que é xdfsdff?
Mas tem ainda outra questão. Se eu consigo dar nome a xdfsdff, mesmo que eu nem saiba nada sobre xdfsdff, xdfsdff já existe. Como o pós-vida. Não sei nada sobre o que vem depois da morte, mas chamo isso de pós-vida, então isso existe. Então existindo, já é alguma coisa no universo das coisas conhecidas.
Então, se damos nome ao nada, ele já é alguma coisa, ele existe. Teríamos que falar então: "existe o tudo e o ..." ou melhor: "existe o tudo e o ".
Mas não dá no mesmo que falar: "Só existe o tudo"?
E se eu dissesse: "Só existe o Cachorro Verde"... Não poderia automaticamente falar de uma coisa chamada: "Ausência do Cachorro Verde?". Então a ausência de tudo também não é o nada, porque é alguma coisa.

Só consigo chegar a 2 respostas provisórias possíveis sobre essa questão:
1) O que eu normalmente chamo de nada, de forma equivocada, é um universo vazio onde só há a minha consciência observando. Mas isso está errado, porque o nada não pode ser imaginado, porque pra imaginar é necessário uma consciência (que já é alguma coisa). Então o nada é inimaginável. Mas essa resposta é falha, porque ainda assim ele é concebível, porque posso chamar o nada de "a ausência de tudo, até da minha consciência", e já posso incorporar isso ao universo das coisas que conheço e existem pra mim.
ou:
2) O nada é um conceito muito muito interessante, porque ele "aciona um comando de auto-destruição" ao ser trazido à mente. Da seguinte forma: Penso:
- o que é o nada?
- É a a ausência de todas as coisas.
- Mas isso é alguma coisa.
- Então isso não é o nada. Então o nada não existe. Logo, ele não-é. Então, temos uma falha lógica no nosso "programa" mental. Algo que é (porque pode ser nomeado) e não é ao mesmo tempo. Uma coisa que ao ser chamada, se auto-destrói, desaparecendo do universo. Não podemos falar sobre ele, porque qualquer afirmação que tentarmos fazer será errada, porque ao falar dele estamos dando um lugar a ele, um nome, e esse nome dele diz que ele não pode ter um nome. Ele nem pode. Ele nem. Nem ele. Nem um lugar vazio podemos deixar para ele. Nem dizer que ele é "a ausência de tudo até de nossa consciência" nós podemos. E isso é um bug na nossa razão. E o raciocínio então seria:
- o que é o nada?
- Não sou capaz de afirmar nada quanto a isso. Não conheço isso, mesmo julgando conhecer. Poderia dizer que "é um conceito auto-destrutivo que se vale de uma falha lógica na minha consciência", mas nem isso eu posso, porque isso é atribuir uma idéia ao nada. Me pergunte sobre outra coisa que não dê bug.

Ainda assim, as respostas 1) e 2) deixam outras perguntas e algumas falhas evidentes:
- Como é possível dar nome a uma coisa que não pode ser nomeada? Atribuir um significado a uma coisa que não pode ter significado?
- Então, já que a nossa lógica tem uma falha, será que isso não comprometeu todo o conhecimento lógico construído ao longo dos séculos? Ou será que isso não afetou o resto? Dá pra confiar em um programa de computador que tenha uma falha?
- Será que é uma limitação nossa só conseguir conhecer coisas existentes? (por termos um mecanismo de atribuir uma idéia e um significado às coisas para podermos incorporá-las e pensar sobre elas).
- Será que no conceito de nada não estaria a chave para descobrirmos um jeito de conhecermos tudo? Ou pelo menos mais do que somos capazes? Porque se o nada evidencia uma limitação nossa, refletindo sobre essa limitação, talvez possamos descobrir os limites da nossa consciência e assim talvez também criar um algoritmo, uma equação que compensasse essa falha e nos permitisse driblar essa limitação.

Já que o nada é um conceito auto-destrutivo, exclusivo por natureza, talvez o tudo seja um conceito auto-construtivo e, inclusivo por natureza, e realmente tudo que seja possível existir realmente exista.

Obs.: Se algum filósofo estiver lendo isso, não me xingue. Eu não sou filósofo, li muito muito pouco sobre isso (só uns livros sobre Sócrates e Platão) e essas coisas são especulações assumidamente leigas.

Ô André, diz aí o que você acha disso tudo! ;-)
Falou!

Grande Athos, é isso mesmo, a consciência sustenta a existência do indivíduo, lembra da frase de Descartes que dizia "penso, logo existo" ? Em latim, ele dizia "cogito, ergo sum", que quer dizer "duvido, logo sou". Ele falava em "ser", porque era o linguajar da filosofia usada na época, e que é até mais bonito, porque não é incorreto dizer que "existir" é o mesmo que "ser". What is the being of the things ? Being, em inglês, serve para o substantivo do ser (a coisa), e para o gerúndio do verbo "sendo". Quando uma coisa é, ela existe, quando uma coisa existe, ela é, intrinsecamente. Tudo é. A raiz de todas as coisas, o Mundo inteiro, o Universo, as pessoas, o todo, tudo isso é alguma coisa.

A ação de duvidar é o que garante a certeza de que, pelo menos, tem uma criatura que duvida das coisas, no caso, ele próprio. Ele duvida, então existe.

"O nada é a ausência de tudo". Veja só como a linguagem constrói o Mundo, e a palavra é o tijolo da filosofia. Quando você diz que "o nada é a aus(...)" você está dizendo que o nada é alguma coisa. Se o nada ganha este verbo (o being, o existir, o ser), então ele já perde sua característica de "nada". O nada nem é alguma coisa, o nada não é a ausência de tudo, o nada não é, e pronto, terminou a frase aí. Só podemos nos referir ao nada assim: "o nada", pronto. Percebeu como a linguagem segura o raciocínio ? É foda !!! É filosofia, hahaha !!! Não tem paradoxo, a "armadilha" está quando nós queremos imputar ao nada alguma coisa. Se você vai definir o nada dizendo "o nada é..." pronto, já é um erro de construção porque o nada não é, ele não pode conjugar o verbo ser, ele não pode conjugar o verbo existir. :-) Filosofia ! Filosofia ! Uhhuuu ! Não é interessante, bicho ? Porra, eu adoro isso.

Por último, só queria dizer que a sua legenda sobre a consciência dos robôs logo neste vídeo onde ele toca uma trombeta ficou muito adequada, porque tinha uns pré-socráticos que diziam que a alma era feita de ar, hahahahaha ! Sério mesmo ! Eu não me lembro exatamante qual era a nitidez dos textos dos antigos, mas alguns falavam que era a água a "matéria definitiva", outros que era o ar. Rá !
Teste de animação - Coelho / Animation test: bunny blocking

Pronto.
Esse eu que fiz. Hoje.
Tava praticando animação tradicional, pra não enferrujar.
Dá pra ver que tem trechos que tinham que ter um ritmo diferente.
Como no momento logo depois que o coelho cutucou o negócio. A idéia é que ele fique um tempo esperando uma reação. Mas como falei, tava só praticando.

Uma correção que ia esquecendo de colocar: talvez vocês tenham percebido que não anda igual coelho. Um coelho normal anda com as patas de trás avançando ao mesmo tempo, e as da frente também, como se desse pequenos saltos. Esse que eu fiz anda igual cachorro.:-)

Friday, September 22, 2006

John Lee Hooker - Hobo Blues

Tudo bem. Só mais esse e por hoje é só.
HRP-2 dance aizu-bandaisan odori

Sem comentários.
John Lee Hooker - It serves me right to suffer

Ok. Para dar um tempo dos robôs e não cansar, vou mudar de tema totalmente por um breve momento. Já que acabei falando do solo incômodo à la Joe Satriani do vídeo anterior (dos robôs brigando), vou tentar explicar como cheguei na necessidade de mostrar esse vídeo aqui:
É porque na trilha do vídeo anterior tem uma hora que o cara toca um solo que tem uma versão bizarra/heavy metal de um "thrill". Quem não souber, procure na wikipedia ou no google o que é um thrill, no jargão dos guitarristas de blues. Vou tentar falar por alto aqui: 'Thrill' é uma recurso/maneirismo/técnica/outra-definição-cabe -aqui que surgiu no jeito de tocar dos bluesmen do delta do Mississipi. É aquele "telolelolelolelolelo" ou "tenonenonenonenoneno" (como você preferir) que todo mundo lembra se já ouviu músicas de Jimi Hendrix. 2 notas alternadas de uma forma repetitiva e rápida -> o cara segura uma nota e fica martelando a guitarra rapidamente meio tom, 1 tom acima.
Pois é. Jimi Hendrix é um "filhote de cruz credo" no bom sentido (ou "voodoo child", se você preferir) que herdou entre outros caras, uma herança musical desse cara aí no vídeo. John Lee Hooker. Vê se ele usa algum thrill aí. Se não, tente baixar músicas dele que com certeza você vai ver em vários trechos. Pois é. Tentando voltar à questão: Jimi Hendrix, assim como Einstein com a humanidade, fez um bem enorme mas também fez um mal à música, porque muitos outros filhotes de cruz credo (no mau sentido) entenderam errado [opinião pessoal, claro] coisas que Hendrix fazia e reproduziram de uma forma deturpada [opinião pessoal].
Esses caras do heavy metal melódico etc, Satriani, Malmsteen, só viram o lado acrobático/performático de Hendrix.
Alma que é bom nada.
Pois é, então poderia fazer uma analogia:
Newton -> Einstein -> Leo Szilard -> Bomba atômica

Bluesman-tão-antigo-que-não-tem-gravações -> Lee Hooker -> Hendrix --> Satriani & Malmsteen

Em uma corrente passaram algoritmos, em outra passou um
thrill, um dedo martelando a guitarra de forma sombria.
Que depois deixou de ser sombria, pesada e triste e se tornou exibicionista.
É uma pena.
A música vem se decompondo em imagem e apenas imagem cada vez mais desde que começaram a filmar os músicos. No final talvez só reste imagem.

Vale lembrar:
1) eu não sou crítico musical, loooonge disso
2) nem me considero conhecedor de porra nenhuma (em música)
3) não tenho pretensão de começar um blog sobre música
4) os comentários acima são opiniões pessoais.
5) Esqueça esse texto cabeção intelectualizador de coisas irracionais e apenas dê play no vídeo. E se quiser se livrar dessa era da tirania da imagem, dos videoclipes e cristinas aguilleras, apenas dê play e feche os olhos.
ROBO-ONE 10: Championship Match - Ivre vs. King Kizer

ROBO-ONE 10: Championship Match - Ivre vs. King Kizer

Briga de galo? Vale-tudo? Sumô?
O que estraga esse vídeo, na minha opinião, é esse heavy metal farofa com solo de guitarra no estilo Joe Satriani / Malmsteen / Steve Vai. Acho que ficava muito melhor uma trilha com uns tambores japoneses, como na trilha sonora de Akira (o filme animado), por exemplo.
Mas olhem bem pra esse vídeo. Mais uma prova de que o ser humano em muitos casos vai inventando as coisas só por curiosidade e idéia fixa, e não por ter refletido e visto a necessidade de uma nova tecnologia, ou as mudanças que isso traria para a humanidade. Que nada! É aquela velha curiosidade do tipo "imagine se houvessem uns robozinhos mais bem-feitos, que falassem, lutassem, com um design estiloso, bem pressão, como nos filmes, como em transformers".
Se não me engano, li em algum lugar na internet, faz um tempo, que os cientistas de robótica da universidade de Tokyo afirmaram que em 2015, um time feito de jogadores robôs vai derrotar uma seleção formada de seres humanos numa partida de futebol.
Eles criaram para si mesmos esse desafio como uma forma de estabelecer um plano com prazo definido e (dizendo de uma forma tosca) "correr atrás".
TOYOTA Partner Robot

Ok. Um vídeo já um pouco melhor.
Pois é. Enquanto assiste, faça o exercício de imaginar daqui a 20,30 anos... Vários tipos de robôs humanóides desses no dia-a-dia das pessoas.
Aí vêm os velhos/novos questionamentos: E seria certo tratá-los como servos, escravos? Como dizer se após programá-lo com uma inteligência artifical eles não teriam realmente uma consciência e uma alma?
Caso não... Então nós também não seríamos desprovidos de consciência, já que somos apenas "robôs feitos de carne"? Mas se somos desprovidos de consciência, como posso ter, nesse exato momento, consciência de que não tenho consciência?
Você que estudou filosofia, André, o que acha? Não seria um paradoxo?
Como esse: o nada é a ausência de tudo, TUDO MESMO. Então no nada, nem o nada existe. ?!!?
Como é possível existir o nada se ele nega a sua própria existência? Ou isso seria apenas um truque da retórica?

É. Saí completamente do tema. Que feio. Robôs! Robôs! OK.
Vou procurar mais vídeos.

**A propósito... Olhando para o vídeo, tava pensando... Se esse carinha aí em cima tá anunciando o início de uma nova era, com essa trombeta (no melhor estilo torneio medieval, "atenção, aí vem o rei", ou bíblico, sei lá), a chegada da SUA era, achei uma forma bem simpática de chegar. Talvez a era-dos-robôs-por-aí-pelas-ruas não seja tão sombria e "humana"(no sentido da ganância e obsessão por guerras) como os filmes de ficção costumam retratar. Se os robôs chegarem ao ponto de desenvolver uma inteligência suficiente para serem autônomos, é preciso refletir muito para formular suposições em cima do que seria uma idéia robótica de estado ideal de coisas. Ou seja: talvez a idéia que fazemos de robôs em filmes seja muito humana. A de um humano cruel. Mas um ser desprovido de instintos territoriais, de sobrevivência e de obtenção de mais poder, talvez viva num estado de espírito (estado de espírito aqui quer dizer "...talvez viva imerso em processos e formulações lógicas e processamento de estímulos sensoriais...") bem diferente do que nós, recentes ex-macacos, somos capazes de conceber.
Pois é. A reflexão barata continua no próximo post.
ASIMO Part 2

Ok. Talvez muita gente já tenha visto isso.
"Subir e descer escadas. Isso até eu faço", diria um cara menos observador, com uma meia calça na cabeça, uma lata de cerveja na mão, enquanto coça o saco. Pois é. Mas não é bem assim. Só para conseguir um veículo autônomo como esse são necessários milhares de re-ajustes de trajetória e pesos por segundo, para evitar se estatelar no chão ao se deslocar, combinado com uma série de sistemas de captação de vídeo e áudio para fazer uma leitura do ambiente, calcular distâncias para os objetos etc, e ainda um software de inteligência (mesmo que pouca) artificial, mais um monte de coisas que não tenho tempo de mencionar aqui e outras que nem faço idéia.
Mas reconheço que esse vídeo não é dos mais instigantes. Vou ver se acho outros melhores.
E André: pode ficar tranquilo que no futuro vou postar desenhos. Isso aqui é porque estou sem tempo.
3 Servo Walking, Fighting Robot Kit Designed

Esse realmente é muito útil e avançado!!!
Talvez tenha sido feito com sobras de carros da MacLaren (da época de Senna). Será que ele é uma carteira de cigarros Marlboro/trasnformer?
Mas aí, falando sério: esse seria um robô do tipo Fasme-Rirr XP 5300. Esse serve pra quebrar os preconceitos de quem conhece pouco sobre robôs e acha que eles só virão para trazer uma era sintética, homogeneizada, fria, desumana e assustadora (pra quê se preocupar? O capitalismo já faz isso.). Como sempre, a utilidade/função deles será um reflexo de cada um dos seus criadores, assim como a bomba atômica, apesar de uma invenção monstruosa, altamente desumana (e não foi feita por robôs!), não prova necessariamente que a teoria da relatividade geral foi uma coisa má.
Ahá, André! Você pediu mais participação aqui no Bibi-fonfon! Se deu mal! Agora vou poluir a página com uma seqüência de vídeos de robôs.

**Ah! E por sinal, quando abri a página aqui, a coincidência: você acabou de colocar uma série com um tema que tem Robôs. Massa a arma mortífera vermelha criada pelo cientista, lá embaixo. Muito engenhosa.:-)

(Obs.:A andadinha de lado do robô é demais.)
André, se ligue nisso ->ITR (Speecys, Japan)

Pois é. Já que estou sem tempo para desenhar, mas tô afim de fazer alguma coisa pela existência (tão hilária - Me dá bons momentos de risada aqui sozinho, enquanto leio) do Bibi-fonfon. Vou (re)começar colocando alguns vídeos muito interessantes de robôs "bípedes". É um tema que me amarro e que me faz desejar viver o suficiente pra ver essas figurinhas andando pra lá e pra cá na rua, conversando com senhoras enquanto as ajudam a carregar as compras (adeus solidão para muita gente - coitados dos cachorros: concorrência), discutindo política em botecos, dando caneladas [metálicas] nos outros, em campeonatos de futebol de colégio e babas em geral, levantando ferragens de carros para resgatar passageiros alcoolizados com seus servos ultra-eficientes e pistões de última geração - ou músculos sintéticos, sei lá - e enfim uma infinidade de coisas. Claro que talvez também veremos cenas de robôs policiais humilhando skatistas, mandando colocarem as mãos atrás da cabeça e chutando o saco dos caras, robôs guarda-costas abrindo caminho na multidão para estrelas de cinema e senadores etc.
(Depois continuo com essa descrição porque a janela de postagem aqui é muito pequena e está me dando agonia. ;-))

Thursday, September 21, 2006

Tuesday, September 19, 2006

Monday, September 18, 2006


Este sou eu, no reflexo do espelho, sem precisar de "mas" pra dizer que sou destro, porque qualquer um pode sergurar um lápis com qualquer uma das mãos, destro ou não.
Boolmark (este blog):

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Muito obrigado ao homem da pedra lascada que inventou a roda...

...e a quem a desenvolveu.

Sunday, September 17, 2006

Fotos que eu fiz com umas luzes:


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Thursday, September 07, 2006

--- Série Funcionário do Mês ---

Jane Rodrigues é aeromoça, porcausa do seu corpo escultural, dos passageiros do avião ela ouve milhares de trocadilhos infames entre "avião" e "mulher gostosa" todos os dias. Com muita delicadeza, ela sorri e desconversa rapidamente. Certo dia subiu na sua aeronave um rapaz muito gordo usando uma camiseta preta na qual se podia ler "Lost". Jane se aproximou e lhe perguntou: "O senhor está perdido?", o rapaz respondeu que com um avião daqueles era impossível estar perdido. A aeromoça achou que fosse somente mais uma daquelas cantadas cretinas, mas ele estava, de fato, falando do maravilhoso veículo que ele conhecia do bico ao rabo porque passava o dia inteiro voando com aquele modelo no simulador de vôo do computador do trabalho. Tudo bem, Jane o encaminhou ao assento especial para obesos lá no final do corredor e enquanto andava por entre os demais passageiros, ouviu reclamações indignadas de gente medrosa com medo do avião cair com tanto peso e, também, piadas bem-humoradas sobre o tamanho da pança do moço. Das piadas ela riu, e contra as reclamações ela retrucou que todos os cidadãos neste país têm o direito de ir e vir, e que o avião tinha milhares de cavalos de força e poderia levar todos em segurança aos seus destinos. Enfim, todos acomodados, o comandante Fox Duchovny avisa pelo alto-falante que vai decolar e que recomenda o uso do cinto de segurança. As turbinas fazem aquele barulhão e o avião responde a todos os controles acionados na cabine. Lá no céu, todos voam com tranqüilidade, e se esquecem daquela montanha de gordura sentada lá no fundo. Sozinho e escondido, o gordo põe em prática seu maquiavélico plano, ele sabe que para haver todo aquele espaço para sua poltrona extra-large, a junta homocinética do avião tinha que ficar exposta atrás de uma fina camada de plástico, bem ao seu lado. Com um estilete, ele abre um buraco ali e instala um emissor de EMP (Electric Magnetic Pulse, ou Pulso Eletro-Magnético). Do seu celular modificado, ele digita uma linha de comando com os números 4, 8, 15, 16, 23 e 42, para seu "brinquedinho" conectado à junta, no chão, provocando um barulho esquisito parecendo ferro se retorcendo, e aí o avião se descontrola !!! Caindo velozmente, alguns passageiros se lembram daquela cena de Superman Returns, outros se lembram da primeira temporada de Lost, mas infelizmente o comandante se lembra de um desenho do Pernaloga, onde Eufrazino pega um pára-quedas e pula de um avião em queda. E é exatamente isso que ele faz. Pronto, sem piloto, o gordo sacana vai correndo até a cabine, se tranca lá dentro, desliga o seu aparelhinho e assume o controle da aeronave, pousando suavemente no aeroposto mais próximo. Quando as emissoras de TV aparecem para fazer a cobertura, o gordo faz uma propaganda fantástica do joguinho que ele adorava, o tal simulador de vôo, dizendo que seria impossível salvar toda aquela gente sem o tal jogo. Na empresa de joguinhos, o gordo recebe o prêmio de funcionário do mês pela boa idéia de marketing. E na empresa de aviação, como ninguém soube o que aconteceu de verdade, nem mesmo a aeromoça que defendeu o gordo, Jane Rodrigues, é ela quem ganha a faixa de funcionária do mês, por ter sido a responsável pela defesa do passageiro que salvou todo mundo.

Friday, September 01, 2006

Robô que eu fiz para o Tive1Idéia, na semana cujo tema foi "Um robô (com uma legenda dizendo pra quê ele serve)". Confira lá outros robôs sensacionais dois outros participantes !
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- Então é isto que você chama de robô destruidor ?
- Sim, senhor general. Este é o Kungatumba-145, a mais poderosa máquina de guerra que o homem já viu, e nós conseguimos construí-la com pouco mais do que a metade da verba que vocês nos deram. Está pronto para ser ativado.
- Ele não parece ameaçador.
- A aparência singela é parte da estratégia de combate, senhor.
- Suponho que ele irá marchar sobre as tropas inimigas, esmagando tudo, pessoas, carros, tanques, casas, positivo ?
- Não senhor, ele está equipado com câmeras de alta-definição, bom equilíbrio e saberá marchar sobre as cidades inimigas sem destruir o patrimônio público.
- Mas então não é um robô destruidor...
- A encomenda que recebemos pedia uma máquina de guerra para invadir e conquitar nosso país vizinho, com o máximo de mortes e o mínimo de destruição, senhor. Acredito que "robô destruidor" tenha sido força de expressão, senhor.
- Positivo. Então ele irá esmagar os cidadãos nas ruas, sem raspar os prédios, nem pisar nos carros, é isso ?
- Não senhor. Ele irá marchar nas cidades batendo estes pratos de bateria tão alto, e num compasso tão insuportável, que as pessoas se jogarão do alto dos prédios, desesperadas, morrendo instantaneamente quando atingirem o solo, senhor.
- Parece bom. E quanto as pessoas que moram em casas e em andares mais baixos ?
- Estas, provavelmente, devem se matar com um tiro no ouvido, senhor. A zuada do Kungatumba-145 é realmente insuportável.
- Parece ótimo. Mas você se esqueceu dos deficientes auditivos e dos jovens que pedalam por aí com um iPod a todo volume, estes estariam imunes à nossa arma.
- Correto, é por isso que atrás do nosso robô teremos uma pajero como aquela ali embaixo, com 4 atiradores de elite dentro, atirando com precisão nestes indivíduos.
- É, dr. Hoelder, você fez um ótimo trabalho, parabéns !
- Obrigado, general, é uma honra ser útil ao meu país.

Wednesday, August 30, 2006

--- Série Funcionário do Mês ---

Dr. Télmio entrou para a faculdade de medicina em 1962, e se formou em 4 anos tirando 10 em todas as mantérias. Fez residência na Milagrosa Casa de Medicina de Hünderbersfàst. Depois fez pós, fez MBA, especialização do cacete a quatro, mestrado e doutorado nos melhores centros acadêmicos de medicina e de biologia, chegou a aprender 3 novos idiomas só para estudar com os maiores pesquisadores do Mundo em neurologia e neuro-cirurgia. O cara é fera, o que o dr. Télmio mais queria na vida era trabalhar em hospital, porque é viciado em éter. Infelizmente, quando foi trabalhar de verdade não pôde ser admitido como cirurgião em nenhuma clínica porque ele é polidáctilo, e ninguém nunca havia visto modelos de luvas cirúrgicas com 6 dedos. Então foi obrigado a aceitar a vaga de faxineiro que lhe ofereceram, num dos grandes hospitais de Hünderbersfàst. Mesmo como faxineiro, dr. Télmio tira muitas dúvidas dos doutores que lá trabalham, por ser tão renomado e importante, o chefe do setor de limpeza lhe deu uma placa de funcionário do mês. Na volta pra casa, no trem, dr. Télmio pega seu discman da Sony e ouve Biohazard a todo volume, pois esta é uma de suas bandas favoritas.

Saturday, August 26, 2006

Fakimura era um adolescente nerd frustrado com as mulheres, porque naquela época elas só namoravam capitães e quater-backs do time de football da escola, da faculdade e da empresa. Quando ele conheceu bonecas-infláveis, viu que elas não tinham um bom papo, todas elas eram cabeças de vento. Então, com sua determinação nipônica, pôs-se a construir uma boneca inflável com cérebro eletrônico, ou seja, uma robô. Por 10 anos, investiu quase toda a sua grana, e chegou a fazer duas andróides muito legais, mas que ainda não pareciam uma mulher de verdade porque ser movimentos eram muito travados, pareciam dançarinas de break. Fakimura não podia aproveitar nenhuma delas porque uma das principais funções que ele queria era uma acompanhante nos eventos sociais finos que costumava freqüentar. Com o resto da grana que lhe sobrou, para o terceiro modelo Fakimura desenvolveu um chip totalmente novo só pra resolver o problema dos movimentos: o chip Atez558-P, que conseguia ler toda a subjetividade presente nas posturas corporais das pessoas. Devidamente aplicado, o chip fez de sua nova andróide uma mulher sensacional, inteligente, elegante, delicada e com saúde de fibra de carbono com kevlar.

Fakimura só não conseguiu prever uma coisa: a inteligência artificial dela era tamanha que, por si só, ela decidiu que podia usar o poder de processamento deste chip para deduzir com exatidão tudo o que as pessoas pensavam, só de ver suas expressões faciais e corporais !!!

Uma vez Fakimura recebeu um convite para uma festa no country club que dizia "traje: esporte fino". Aquela era a primeira festa daquele tipo que sua mulher-andróide iria, por isso, sem referencial, ela não soube escolher muito bem a roupa, e apareceu lá cim um shortinho apertado de cachorra e um top verde normalzinho. Quando uma das mulheres comentou mentalmente que ela parecia uma vagabunda, a mulher-andróide leu sua mente e respondeu com seus lábios de lata que vagabunda era a mãe dela ! Irritada, a tal mulher pegou uma taça de champagne e...

...tascou na cara da outra !!!

Infelizmente a grana que Fakimura gastou para financiar sua terceira andóide e o tal chip especial era tão grande que lhe impossibilitou bancar uma pele a prova d´água ou de champagne. Assim que a bebida começou a escorrer por seu rosto, sua pele, sua derme, sua epiderme, sua cútis também começou a descer, foi terrível !

Hoje Fakimura ainda está casado com sua andróide de cara derretida, porque o amor tudo salva.